domingo, 1 de julho de 2012

Romances da terra do Sol nascente


Boa tarde pessoal, espero que estejam passando um ótimo domingo de Sol (ou de chuva, dependendo de onde você está lendo esta postagem).  Eu, primeiramente, devo começar pedindo desculpas por hoje não haver uma edição da coluna "Seriadores anônimos"; a semana foi tão corrida que não tive oportunidade de pegar qualquer episódio para assistir (sim, muito tenso isso.). Acredito que no próximo Domingo as coisas se normalizarão.

Para compensar esta falta de tempo, decidi fazer uma matéria sobre best sellers asiáticos. Sim, você ouviu direito. Hoje vocês conhecerão duas obras que acredito merecerem muita atenção. Não li nenhuma delas, mas já são minhas velhas conhecidas (seja em adaptações televisas ou em outras mídias). São livros que desejo muito ler por justamente terem me chamado tanta atenção, acho que elas não são do tipo que desapontam seus leitores. Começarei devagar em relação a este outro tipo de universo literário para sentir de vocês se posso trazer mais coisas relacionadas. Portanto, não deixem de comentar expondo suas impressões e opiniões, ok? Deem uma conferida:


Battle Royale
Os japoneses já passaram pela onda distópica que o ocidente está passando no momento. Lá, o responsável foi Battle Royale, de Koushun Takami. Um livro que conta a história  de um futuro não muito distante, onde os jovens se tornaram um tanto rebeldes demais, devido à recessão econômica na Grande República do Leste Asiático. Esta conduta acaba obrigando o governo a aprovar uma lei conhecida como ATO BR, a lei consiste em sortear uma classe de estudantes para participar de um jogo onde a principal regra é matar uns aos outros até restar apenas um. O governo diz que o motivo do jogo é cumprir uma demanda social, mas a verdade ninguém sabe. São colegiais entre 15 e 16 anos para serem levados ao local onde ocorrerá o jogo (uma ilha chamada Okishima). Lá, eles serão obrigados a matarem uns aos outros para servirem de exemplo a restante juventude do país.
Battle Royale ganhou várias adaptações, seja em mangá ou cinematográfica. Destaque para esta última que foi concebida como o filme mais chocante da época. Eu tive a oportunidade de ler os mangás e achei a história sensacional. A forma como o desespero e a loucura é representado no traçado e no semblante das personagens é indescritível.
A obra também é munição de discussão para os Haters do aclamado Jogos Vorazes. A premissa de jovens se matando em uma arena já é o suficiente para dizerem que Suzanne Collins é uma plagiadora descarada. Aconselho a todos terem um maior conhecimento das duas obras para descartarem este julgamento inconcebível.
Não tive a oportunidade de ler o livro, que não possui edição traduzida para o português até então, mas é uma das minhas grandes vontades literárias. Assim que puder colocar as mãos nessa história incrível trarei aqui para vocês minhas novas mpresões.






Sekai no Chuushin De, Ai o Sakebu  
(Um grito de amor do centro do mundo)
Uma das histórias mais tristes que já vi. É assim que começo a falar sobre o best seller japonês "Sekai no Chuushin De, Ai o Sakebu". Eu acho impressionante a sutileza dos japoneses, eles não vulgarizam temas extremamente delicados como o resto do mundo faz em suas mídias. Diferente disso, eles conseguem honrá-los. O livro, desde  seu lançamento (2001) é um dos mais vendidos no Japão.A trama, escrita por Kyoichi Katayamase concentra na história de Sakutaro, que ainda é apenas um garoto com gênio sarcástico quando conhece Aki na escola em que estuda, numa cidadezinha japonesa. Ela é bela, inteligente e popular e, logo, os dois se tornam amigos inseparáveis.Conforme Sakutaro amadurece, ele começa a ver em Aki mais do que apenas uma amiga. Em pouco tempo, a relação se transforma numa paixão arrebatadora. Os adolescentes trocam juras de amor e prometem nunca mais se separar. No entanto, uma tragédia fará com que o destino de ambos seja irremediavelmente alterado.
Eu sempre fui muito fã da cultura asiática e sempre procurei novas coisas a serem vistas. Quando sobe que eles também tinham a mania de fazer "seriados", que por lá eles chamam de "Dramas", decidi dar uma chance à alguns (principalmente os de ação coreanos, que são ótimos! Outro dia volto falando deles). Sempre me falaram que a especialidade do Japão era o gênero dramático e conferi 2 dramas que te deixam em um estado depressivo terrível depois de terminá-los. Um deles foi "Sekai no Chuushin De, Ai o Sakebu".  Ele me impressionou tanto que hoje consta como uma das minhas "séries" (apesar de ter um ritmo mais novelesco) mais marcantes. A história de Aki e Sakutaro foi também adaptada em mangá com o título "Socrates in love", outro sucesso de vendas. A editora Objetiva através do seu selo Alfaguara trouxe para o Brasil o livro, denominando-o de "Um grito de amor do centro do mundo". Em breve tentarei consegui-lo para ver se ainda assim o livro consegue superar a sua adaptação. Logo abaixo trouxe dois videos, um para atrair aqueles que adoram cenas felizes (1º com spoilers leves) e um para aqueles que precisam de gente sofrendo pra serem atraídos(2º com spoilers tensos): 








8 comentários:

  1. Literatura oriental, taí algo ao qual eu nunca dei oportunidade. Estou pensando em ler aquele da autora coreana que a Intrínseca lançou, algo como "Cuide bem da Mamãe", mas sei lá. É um choque cultural muito grande, sinto que os mangás e animes não me prepararam muito bem para isso.
    Quanto a Battle Royale, pelo que li por aí, a história explora mais a crueldade humana e o instinto de sobrevivência e Jogos Vorazes é mais voltado para a política. São premissas parecidas, mas desenvolvimentos diferentes.
    Quanto a esse drama, algo nele me lembrou os enredos do Nicholas Sparks, mas talvez o tema seja mais bem explorado assim como as relações humanas. Não sei.
    Enfim, gostei do post, é sempre bom ser apresentada a outros horizontes.

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    1. Sabe "Um amor para recordar"? Pois é, eu tenho minhas dúvidas sobre as inspirações do Nicholas Spark para esse seu best seller. Sekachu (apelido do livro/drama) é impressionante. No filme baseado no "Um amor para recordar" eu dei risada, de tão tosco. Com Sekachu foi bem diferente. O Japão sabe realmente fazer drama.

      Eu estava pensando em vir com outros posts deste tipo. Este livro coreano estaria no próximo. rss Preciso ver se vocês gostam do tema pra eu continuar postando não é mesmo?

      O choque cultural é assustador, mas esse é um dos motivos pelo qual leio. Adoro leituras diferentes e que saiam da mesmice. Estou pensando em pegar Battle e Sekachu há muuito tempo pra ler. Mas nunca rola oportunidade. Ainda algum dia trarei pra vocês resenha dos dois!

      Beijos Danyka,
      Lucas

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  2. Eu li o mangá de Battle Royale, nunca achei o livro pra ler mas pelo que eu sei adaptaram muito bem a história. Só digo uma coisa: esses haters que dizem que Jogos Vorazes é cópia de BR estão ofendendo BR. A obra é muito mais profunda, tem um foco maior nos personagens mostrando exatamente quem eles são e como eles eram antes do Programa.
    Em Jogos Vorazes a gente tem a impressão de malvados x mocinhos. Em Battle Royale as motivações de todo mundo são tão bem explicadas que você não consegue odiar um personagem, mesmo quando ele é impiedoso e cruel o suficiente pra fazer o colega de classe sofrer antes de morrer. As coisas acontecem por um motivo lá, sabe? Não é tudo tão "opa, aconteceu, deixa assim mesmo".
    Sem falar que em BR o pouco romance que tem não é meloso. Na verdade, ele vira mais uma questão de honra pro homem e de ser forte pra garota do que aquele amorzinho que aquece o coração quando segura a mão e que termina em casais com filhos, sabe?
    Tanto que a maior demonstração de amor acontece com o vencedor do Programa antigo, que precisou matar a própria namorada pra isso. Dá pra ver o quanto ele amava a menina, mas nem tudo são flores.

    Sem falar que tem mais sangue, menos viadagem. Pronto, falei. E sim, eu pago muito pau pra Battle Royale. 8D

    Eu não sou de ler livros orientais, sempre vou pelo mangá e pelos filmes e nunca me arrependi. Recomendo os filmes coreanos, eles são profundos e tem roteiros originais pra caramba ou que pelo menos defendem direito o clichê.
    Aliás, procura I'm a cyborg but that's okay (não tem ele dublado, tem que baixar o filme e depois caçar a legenda por aí), do Park Chan Wook. É a história de amor mais original que eu já assisti, e a menos romântica. XD

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    1. Sou fã de ambos. Como a Danyka citou acima, os dois possuem um ponto de vista diferente da crueldade humana. Não acredito que uma obra exclua a outra. É perfeitamente aceitável as duas visões.

      Também sou um grande fã de BR. Lembro de ter lido o mangá mais de uma vez. Ele é uma das duas únicas coleções de mangás que ainda figuram na minha estante. Acho que, enquanto Battle Royale foi feito para chocar, Jogos Vorazes foi feito de uma forma mais branda para atingir uma grande faixa de idade. Acredito que tenha faltado um pouco de coragem para Suzanne Collins ter dado o mesmo caráter a sua obra.

      Acredite, eu também não sou de ler os livros orientais. Só achei interessante compartilhar algumas das minhas vontades literárias um tanto incomuns pra sair da mesmice das modinhas norte-americanas.Estou Tendo outras ideias para posts futuros.

      Faz muuito tempo que não pego um filme coreano pra ver. Tenho dado mais atenção aos dramas de ação (Poseidon, Iris, Athena...). Vou procurar assistir, não sei quando...mas assim que possível falo com você sobre o que achei rss.

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    2. Eu não sou fã de ambos, mas li Jogos Vorazes e reconheço que o lançamento dele foi algo bom (e ruim, ao mesmo tempo) pra caramba. Tipo, é uma obra adolescente que tem conteúdo e depois dele os adolescentes largaram um pouquinho do sobrenatural e estão lendo mais sobre obras políticas, enfim.
      O que me deixa irritada é o pessoal falando que Jogos Vorazes é cópia de Battle Royale, quando não é. Só porque eles tratam do mesmo assunto, não significa que a complexidade, o foco e a escrita dos dois seja parecida.

      E sim, Jogos Vorazes foi feito pra arrecadar público e não pra chocar. Tanto que tem um romance bobinho e sem sentido no livro só pra que as adolescentes se sintam mais confortáveis lendo e mimimi. Na real eu vou parar de falar sobre Jogos Vorazes, porque a minha opinião é horrível. HAUHSUHAS

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    3. Hahaha Relaxa!
      Pode dar sua opinião a vontade, Layn =]
      Eu pelo menos não vou te xingar hahaha (não prometo nada em relação aos outros lol)

      Realmente, o romance de THG chega a ser deprimente em certas passagens; mas pelo menos é mais deixado de segundo plano. Seria uma catástrofe se ela baseasse tudo em cima disso. É muito difícil encontrar obras juvenis sem esses romances; queira ou não ainda é um porto seguro para todos os autores do gênero que querem ser aceitos.

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  3. Oi Lucas!
    Como algumas pessoas dos comentários nunca dei muita chance para livros ou séries orientais, mas você me fez ver que estou perdendo muito por isso!
    Li alguns do mangás de Battle Royale, não todos, e achei a história incrível. Realmente é bem parecido com Jogos Vorazes. Mas não sabia que também havia o livro, que já estou super curioso para ler! Sobre a adaptação já conhecia, mas não tive a chance de ver ainda.
    Não conhecia nada sobre esse segundo livro/série que você falou, mas também já me interessei bastante. Gosto bastante de dramas que me deixam super depressivo depois de ver, vai entender! suahsuahs
    Acho que vou procurar o livro primeiro! o/
    Achei o post muito bom. Ótimas dicas! Não me canso de parabenizá-lo pelo blog, então mais um vez meus parabéns, você está fazendo um trabalho incrível aqui.
    Grande abraço!

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    1. Will!
      Muito obrigado, cara!
      Parece que já faz tanto tempo que fui procurar minha primeira parceria lá no OLM. rss

      Eu aconselho a você ler todos os mangás. É realmente uma história única (apesar do fim não ter me agrado muito, se bem que eles geralmente nunca me agradam). Bom, em relação ao drama japonês: acho que Sekachu é realmente uma ótima dica para você! Hahaha.
      Já tenho preparado mais dois bons dramas japoneses pra recomendar para o pessoal que gosta de se deprimir. Mas isso fica pra outro post ;]

      Mais uma vez eu te agradeço por sempre ser um leitor tão assíduo!
      Abraços Will!

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